domingo, 27 de março de 2011

Alphonsus de Guimaraens

































-NO PALCO-
pulchra ut luna
ii

celeste... É assim, divina, que te chamas.
belo nome tu tens, dona celeste...
que outro terias entre humanas damas,
tu que embora na terra do céu vieste?

celeste... e como tu és do céu não amas:
forma imortal que o espírito reveste
de luz, não temes sol, não temes chamas,
porque és sol, porque és luar, sendo celeste.

incoercível como a melancolia,
andas em tudo: o sol no poente vasto
pede-te a mágoa do findar do dia.

e a lua, em meio à noite constelada,
pede-te o luar indefinido e casto
da tua palidez de hóstia sagrada.




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