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De madrugada, sonhei que trovejava muito. Desciam dos céus infindos raios que tencionavam fuzilar toda a humanidade. Como se brincasse de amarelinha, pulando de quadrado em quadrado, consegui me esquivar da fúria de Jove. Ele bradava. Ah, e como bradava a
lto! Estava com ciúme por eu ter rendido culto à Baco esses dias. Deus vaidoso. Deus orgulhoso. deus. Sentiu-se ultrajado por me ver utilizando muito bem o fogo que Prometeu lhe roubou. Queimei meus dedos, e lenhas e corações... Deus vingativo. Não quis acorrentar-me. Não me deu abutre. Outro destino ao meu fígado. Pediu ao seu Pai, Cronos, que o devorasse aos poucos... Também me deu consciência, esperto! E má consciência, culpa... Mas isso é fácil de resolver: mato-a, mato-as. Mato criatura e criador. Matar quem? Já dizia o filósofo: Deus está morto!
Um comentário:
Finalmente pude ler Milena =]
posta mais aí poeta
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