sexta-feira, 30 de julho de 2010

Cactos

Dos cactos, a sua resistência:
convive com a privação
e faz dela sua companhia
neste mundo de negação;
mesmo assim, têm a insistência
de sobreviver dia após dia.

(FRED CAJU de seu livro ''Pentágono'')

-NO PALCO-

EM UMA MESA DE BAR ACOMETIDO PELO PENSAMENTO MARCIANO (poesia para poetas de marte)

I-Tem cigarro aí?
Sem forma, sem plataforma,
Flutuar, ficar aério...
Escrevo isto estando lúcido,
E não fumo!
II-escorre pelas horas algo pesado
Com peso de poesia
Um salto em um dique
Sem que se verifique
A anestésica profundidade!
III-a diferença e a indiferença
Das formas, e forma deformada,
Depois das poesias
Com algumas coisas bebidas
Depois que começa o dia,
O retorno pela madrugada!

(Jimmy (Marcone))

II-ENTIDADE

Mentalmente
Mente
Aumente
Somente
Mentira
Realmente
Simplesmente
Me
Tira
Atira
Da
Mente
Demente
Mentalmente.
(Jimmy (marcone))

Poema de ultimo de setembro




De quantos poemas é feito o Teu amor?
Indaguei para as estrelas, mas essas que
Moram tão perto do quarto minguante e não sabem
De quem ele sorri só pediram para eu não desistir.
E fui sondar o mar e estive muito tempo entregue as ondas
Que rebentavam em tudo que fui: bicho, sol, planta e raiz.
Mas essa capacidade de amar o outro, muitas vezes mais
Que a si próprio, era inerente apenas a alguns poetas e
Poucos homens.
E foi nesse instante que pensei assim que abandonei as
Marés deixando de ser bicho, sol, planta e raiz
Tornando-me quem sabe um poeta.
E fui sondar ao homem, que era o Ego do poeta,
De quantos poemas eram feito o Teu amor?
E retirou-se para dentro de si,
Deu de chorar muito a noite,
E a muito não se comunicou mais com os bichos,
Nem como sol, nem com as plantas e raízes.
E como se fosse uma estrela, hoje ele me disse:
Não desisti, porque a vida é como um sonho,
E a gente nunca sabe quando vai acordar.

-NO PALCO-

Poema do sol


Quando me tornar insuportávelquedarei no além mar,
Irei segar no horizonte, e o escuro que eu deixar
Para trás será um castelo onde a lua irá reinar.
Nascerei no oriente, para estrelas interrogar
E que na mudez tão delas consiga te decifrar.
12.08.2008

-NO PALCO-

-c.p.b.p.jr:(POETA-MATUTO-MARG!NAL !!!) VIII-III-MMVI




segunda-feira, 1 de março de 2010
p/ 08 do III


SOL POR VC
E Q JA EX!STE
EM S! . . .
A !DE!A PURA DE POES!A !!!

SOL POR VC
E Q OS POETAS
EX!STEM Y NAO SE CANSSAM
DE CANTAROLAREM OS SEUS
VERSOS MESMOS JA GASTOS
Y OUTRAS TANTAS VEZES
SEREM VERSOS AVESSOS !!!

SOL POR VC
E Q SE PERM!TEM
A LAGR!MA NA FALA
Y O ABRAÇO ETERNO
SER FORTALEZA !!!

SOL POR VC
E Q EU !M!TO
TANTOS OUTROS. . .
!GUAL A OUTRORA FAÇO POES!A !!!

SOL POR VC
OS MELHORES VERSOS
DAS MELHORES R!MAS
SE !NTERCALAM Y SE COMB!NA
COMO UMA PROSA DE FOLHET!M
AS VEZES CONTO COM!CO
OUTRAS CONTOS HERO!COS-EROT!COS
JA TRANSCREV!DOS EM S! !!!

SOL POR VC . . . SOL POR VC ! ! ! SOL POR VC . . .
. . . SOL POR VC ! ! ! SOL POR VC . . . SOL POR VC
SOL POR VC ! ! ! SOL POR VC . . . SOL POR VC ! ! !

-MAS SOL POR VC . . .
Y !SSO NAO CONSTA POR SER 1 D!A ESPEC!AL
IGUAL HA OUTRO D!A QUALQUER.
MA!S S!M. . . POR VC . . . SER. . . MULHER ! ! !


-c.p.b.p.jr:(POETA-MATUTO-MARG!NAL !!!)
VIII-III-MMVI

(maneira totalmente peculiar de escrever, Célio poeta Bezerrense)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

J. Borges, xilogravuras e literatura de cordel




Dentre os principais xilógrafos da cidade de Bezerros, que talha em pedaços de madeira de umburana e louro-canela criativas figuras de sua inspiração, inspiração que é mais que artística, é essencial, associando-as a poesia dos cordéis, uma arte indiscutivelmente belíssima, que encanta qualquer que tenha contato.
Quem passar por bezerros não deixa de levar algo, é mais que um suvenir é arte pura!
Bezerrense, J. Borges, nascido em 20 de dezembro de 1935, patrimônio nacional vivo!

Antônio Gonçalves da Silva Patativa do Assaré


"Eu sou de uma terra que o povo padece

Mas não esmorece e procura vencer.

Da terra querida, que a linda cabocla

De riso na boca zomba no sofrê

Não nego meu sangue, não nego meu nome.

Olho para a fome , pergunto: que há ?

Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,

Sou cabra da Peste, sou do Ceará."

Patativa do Assaré * 05/03/1909 - † 08/07/2002


O Burro



Vai ele a trote, pelo chão da serra,
Com a vista espantada e penetrante,
E ninguém nota em seu marchar volante,
A estupidez que este animal encerra.

Muitas vezes, manhoso, ele se emperra,
Sem dar uma passada para diante,
Outras vezes, pinota, revoltante,
E sacode o seu dono sobre a terra.

Mas contudo! Este bruto sem noção,
Que é capaz de fazer uma traição,
A quem quer que lhe venha na defesa,

É mais manso e tem mais inteligência
Do que o sábio que trata de ciência
E não crê no Senhor da Natureza.

terça-feira, 27 de julho de 2010




João Gutenberg, ou Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg (Mogúncia, c. 1398 - 3 de Fevereiro de 1468) foi um inventor e gráfico alemão que introduziu a forma moderna de impressão de livros, que possibilitou a divulgação e cópia muito mais rápida de livros e jornais. Sua invenção do tipo mecânico móvel para impressão começou a Revolução da Imprensa e é amplamente considerado o evento mais importante do período moderno. Teve um papel fundamental no desenvolvimento da Renascença, Reforma e na Revolução Científica e lançou as bases materiais para a moderna economia baseada no conhecimento e a disseminação da aprendizagem em massa.

Matuto Marginal




Houve e ainda há na cidade de Bezerros movimentos poéticos, muito sutis, devido a carência por parte da própria população.
Tal gosto pela arte da poesia faz surgir então com a alcunha de '' POESIA MATUTO MARGINAL'' panfletos como 'SOCIEDADE F.D.P.'(Filhos da Pátria) criado por Célio (figura difícil de descrever, mas que é sem dúvida uma metamorfose ambulante e amante das artes) e distribuídos gratuitamente, foi nesse meio que surgiram novos manifestos como: os folhetos do ‘’EL NIÑO’’, escritos por Daniel com alguns até então ilustrados por mim, em seguida o ‘’PORRA DE PEIXE’’ entre outros, o ‘’POETAS DE MARTE’’ culminou num Blog, e agora o ‘’CENÁRIO INVISÍVEL’’ também como blog, esse ultimo criado por mim.
Fundamos também o ‘’CAVERNA LITERÁRIA’’, que nada mais é, que um recital, esse nome deriva da homenagem a Serra Negra, ponto turístico da cidade, onde na mesma existe uma caverna, sugerindo então o nome.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ismália

Ismália

(Alphonsus de Guimaraens)

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...

O Profeta da Leitura



Roraima Alves da Costa peregrina pel a s escolas do país ensinando os prazeres da leitura

O poeta intinerante já fez palestras para mais de 28 milhões de pessoas e já tem mais de 3 milhões de quilômetros rodados pelo país. Não possui residência fixa porque está sempre viajando, se hospedando em casa de amigos ou hotéis. Roraima Alves da Costa nasceu em Boa Vista (RO) e resolveu juntar a vocação de ser poeta com a vontade de ensinar o jovem a ser bom aluno.

Vivência

O sol lentamente
invadia o meu quarto
conquistando,
palmo a palmo, o meu corpo.
Iluminou minha alma,
apossando-se da minha solidão.
Trouxe você naquela
manhã de domingo.
Acordei sorrindo
e virei um menino
de tanta felicidade.
Só eu e você
Prometemos, pra sempre,
ser um só ser
nas manhãs de domingo.


(Roraima Alves da Costa)

Estação de sofrimento humano

É epoca de colher as coisas ruins que eu plantei,
este foi um ano abundate, a dor e a convalescencia serão demoradas,
devo ser breve e colher tudo antes que se estrague,
o fardo é volumoso, pois foram meses de trabalho intenso,
foram bem plantadas e cuidadas, deram frutos sadios e fortes,
passarei um bom tempo me alimentando disso, até a próxima safra.


(Jimmy (Marcone)).

I-CONTO

Meia noite,
Me expulsa o momento,
Devo me recolher.
Sem olho, sem mente...
Quase fantasma,
Sem pele sem rosto,
Um desconsolo
Somente...

(Jimmy(Marcone))