sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Natal Mensagem


“O verdadeiro Ser vive sempre. Assim como a alma incorporada experimenta infância, maturidade e velhice dentro do mesmo corpo, assim passa também de corpo a corpo — sabem os iluminados e não se entristecem.


Quando os sentidos estão identificados com objetos sensórios, experimentam sensações de calor e de frio, de prazer e de sofrimento — estas coisas vêm e vão; são temporárias por sua própria natureza. Suporta-as com paciência!


Mas quem permanece sereno e imperturbável no meio de prazer e sofrimento, somente esse é que atinge imortalidade.



Compreende como certo, que indestrutível é aquilo que permeia o Universo todo; ninguém pode destruir o que é imperecível, a Realidade.


Perecíveis são os corpos, esses templos do espírito — eterna, indestrutível, infinita é a alma que neles habita.


Quem pensa que é a alma, o Eu, que mata, ou o Eu que morre, não conhece a Verdade. O Eu não pode matar nem morrer.


O Eu nunca nasceu nem jamais morrerá. E uma vez que existe, nunca deixará de existir. Sem nascimento, sem morte, imutável, eterno — sempre ele mesmo é o Eu, a alma. Não é destruído com a destruição do corpo (material).


Quem sabe que a alma de tudo é indestrutível e eterna, sem nascimento nem morte, sabe que a essência não pode morrer, ainda que as formas pereçam.


Assim como o homem se despoja de uma roupa gasta e veste roupa nova, assim também a alma incorporada se despoja de corpos gastos e veste corpos novos.


Armas não ferem o Eu, fogo não queima, águas não molham, ventos não o ressecam.


O Eu não pode ser ferido nem queimado; não pode ser molhado nem ressecado — ele é imortal; não se move nem é movido, e permeia todas as coisas — o Eu é eterno.


Inevitável é a morte para os que nascem; todo o morrer é um nascer — pelo que, não deves entristecer-te por causa do inevitável.”



Krishna (Bhagavad Gita*, Capítulo 2)


-NO PALCO-


http://www.youtube.com/watch?v=GkXhWNEKBRA&feature=related

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